segunda-feira, 4 de abril de 2016

Entrópio


Entrópio é a inversão da margem palpebral para dentro do olho, permitindo que os cílios e o pêlo das pálpebras entrem em contato com a córnea e a conjuntiva, o que pode levar a ulceração corneana e descarga ocular purulenta (SLATTER, 1998).

Devido ao entrópio causar danos no globo ocular, os sinais que observamos em animais com essa enfermidade são epífora, blefaroespasmo (contração da pálpebra), inversão do bordo palpebral, edema local e secreção mucopurulenta. Esses fatores são de fácil observação, e o diagnóstico é feito facilmente por inspeção direta.

A contração do musculo orbicular reflexa a uma irritação contínua no olho, pode acarretar num ENTROPIO ESPÁSTICO em animais de qualquer idade. Essa afecção geralmente é unilateral, e o tratamento desse tipo de entrópio, quando recente, é baseado na remoção do agente causador na irritação, e na eversão dos pelos para fora do olho com suturas de colchoeiro das pálpebras ou bloqueio do nervo palpebral (FRASER, 1996).

Todavia, a negligencia em não tratar o entropio espástico faz com que o mesmo permaneça por algumas semanas, o que pode levar a afecção a se tornar permanente, exigindo uma correção cirúrgica, através de um  procedimento de baixa complexidade  (técnica de Holtz-Celsus), que consiste na excisão de uma prega de pele em forma de meia lua a 2 ou 3 mm da margem palpebral seguida de sutura convencional.
 

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