Entrópio é a
inversão da margem palpebral para dentro do olho, permitindo que os cílios e o
pêlo das pálpebras entrem em contato com a córnea e a conjuntiva, o que pode
levar a ulceração corneana e descarga ocular purulenta (SLATTER, 1998).
Devido ao
entrópio causar danos no globo ocular, os sinais que observamos em animais com
essa enfermidade são epífora, blefaroespasmo (contração da pálpebra), inversão
do bordo palpebral, edema local e secreção mucopurulenta. Esses fatores são de
fácil observação, e o diagnóstico é feito facilmente por inspeção direta.
A
contração do musculo orbicular reflexa a uma irritação contínua no olho, pode
acarretar num ENTROPIO ESPÁSTICO em animais de qualquer idade. Essa afecção
geralmente é unilateral, e o tratamento desse tipo de entrópio, quando recente,
é baseado na remoção do agente causador na irritação, e na eversão dos pelos
para fora do olho com suturas de colchoeiro das pálpebras ou bloqueio do nervo
palpebral (FRASER, 1996).
Todavia, a
negligencia em não tratar o entropio espástico faz com que o mesmo permaneça
por algumas semanas, o que pode levar a afecção a se tornar permanente, exigindo
uma correção cirúrgica, através de um
procedimento de baixa complexidade
(técnica de Holtz-Celsus), que consiste na excisão de uma prega de pele
em forma de meia lua a 2 ou 3 mm da margem palpebral seguida de sutura
convencional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário